ARTIGO DO PRESIDENTE DO SECEG NO DIÁRIO DA MANHÃ: POIS NÃO? MEU NOME É COMERCIÁRIO

 

Pois não ? Meu nome é Comerciário

 

Ao chegar no estabelecimento comercial há sempre aquela pessoa para nos servir e que muitas vezes passa quase despercebido aos nossos olhos.  É um exército que somente em Goiás representa cerca de 150 mil pessoas. São os comerciários. A categoria abraça os mais variados cargos que vai  desde o mais conhecido vendedor, passando pelo estoquista,  administrativo, caixa e até mesmo as pessoas que atuam na área de serviços gerais da loja, açougue, farmácia, supermercado e etc.

O reconhecimento profissional aconteceu, por decreto de lei com número 12.790 de 14 de março de 2013. A  data significa a vitória alcançada diante da história de luta destes trabalhadores por melhores condições de laboro.

Profissional incansável com características muito peculiares para ser eficiente diante do olhar aguçado dos desejos de um consumidor cada vez mais exigente e criterioso na hora da compra.

As primícias desse promotor do comércio, começou ainda por volta de 1900. Neste período não existiam regras de trabalho, o que tornava a função alvo fácil de exploração. Os trabalhadores faziam jornadas de 12 horas por dia, sem feriados ou mesmo folgas aos domingos.

Os “caixeiros”, como eram conhecidos neste período, eram ameaçados constantemente o que os levava a um sistema de quase escravidão. Foi então que começaram a criar pequenos grupos e associações de apoio, que acabariam por se tornar os atuais Sindicatos de Trabalhadores no Comércio. O objetivo era o fortalecimento.

As manifestações e associações começaram a se espalhar por todo o País. Após 32 anos do início do século XX, mais precisamente no dia 29 de outubro, a categoria consegue avançar em suas reivindicações com mais de 5 mil comerciários em frente o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

A intenção era de serem recebidos pelo então presidente da República Getúlio Vargas. Sensibilizado, o chefe do Executivo aceitou as reivindicações dos trabalhadores e assinou o Decreto de Lei nº 4.042, de 29 de outubro de 1932, determinando a jornada de trabalho para 8 horas por dia e o repouso remunerado aos domingos para todos que lidavam de forma direta ou indireta com as vendas.

A Lei foi publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de outubro de 1932. Foram 81 anos para que mais uma vez o Estado brasileiro intervisse para reconhecer esta data como o Dia Oficial do Comerciário e oito décadas depois como profissão regulamentada.

Na atualidade a  categoria passa por novos desafios com as novas leis que regem a Justiça Trabalhista. Em muitos aspectos ela se mostra dúbia e até, claramente, abusiva. São os novos embates que surgem neste século XXI. Um século costurado parao desmoronamento da dignidade do operário de vendas desse Brasil.

 

Eduardo Amorim – Presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio nos Estados de Goiás e Tocantins (FETRACOM GO/TO), Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás e Comissão Sindical da OAB/GO.

 

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